Poderia começar descrevendo o dia quente com o sol que não deu trégua aos corredores, destacar alguns atletas da elite brasileira do pedestrianismo, entretanto vou falar da aniversariante, mais precisamente da participação da população, da beleza do trajeto e do exemplo de organização para uma prova muito boa e relativamente barata em comparação aos outros eventos da mesma natureza.
O local escolhido para a largada e chegada da prova contou com uma boa estrutura de estacionamento, local bem sinalizado, vestiários amplos, banheiros, distribuição dos kits de maneira rápida e eficiente. Tudo o que se espera encontrar em uma boa competição.
A largada sofreu um pequeno atraso que foi justificado pelos integrantes da Federação Paulista que estiveram fiscalizando a prova. Segundo eles, existiam alguns pontos no trajeto que ainda precisavam de mais sinalização. Depois do problema sanado, a largada aconteceu com espaçamento de tempo entre os pelotões: PCD, Feminino e por último o Geral.
A cidade que está comemorando os 400 anos tem muitos prédios centenários e este ano o trajeto de 10k foi alterado, passando pelo centro histórico.
Enquanto os atletas faziam o percurso eu fiquei esperando no local destinado para a chegada. Aproveitei para ver as barracas dos vendedores de tênis, roupas, revistas, fotos e todo o comércio que gira no entorno destes eventos esportivos. Realmente o pedestrianismo se transformou numa febre entre os praticantes de exercícios e um bom negócio para muitos.
A estrutura do funil de chegada, o atendimento médico, as barracas para a distribuição das frutas e hidratação ficaram bem localizadas, assim não houve congestionamento dos atletas. Os primeiros colocados da Geral Masculino e Feminino tiveram os nomes divulgados em pouco tempo e logo na sequência foi feita a premiação em um pódio colocado ao lado do palanque principal. As demais categorias foram premiadas em outro pódio montado dentro do Ginásio Municipal Prudente de Moraes, logo após a chegada de todos os participantes.
As observações a seguir são do trajeto, sendo assim eu passo a bola para a Dani que continuará este relato.
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É a segunda vez que participo da Volta de Pedestres de Itu e espero que não seja a última. Posso dizer que foi uma corrida quase perfeita, ainda bem, porque tudo que é perfeito é muito chato.
As observações começam com a entrega dos kits, além de rápida e organizada surpreendia pela qualidade. Na sacola tinha um suco, uma barra de cereal, uma camiseta e um squize, tudo de ótima qualidade. Depois de pegar o kit e do aquecimento fui esperar a largada. Foi onde a prova cometeu seus pecados. Resolveram que as mulheres largariam em um pelotão separado, na frente e com três minutos de antecedência. O problema começou porque anunciavam em um microfone que nem todos ouviam, principalmente quem estava no meio e no fim do pelotão geral, resultado: muitas mulheres, inclusive eu, acabaram não ouvindo e largando junto com o pelotão geral. Outro problema foi o fato de atrasarem a largada, apesar da justificativa, é difícil ficar no sol, no calor e no meio de uma multidão, 15 minutos além do previsto.
Agora a corrida: desde a largada até o fim da prova a população de Itu acolheu muito bem todos os atletas e os quase atletas (como eu), participando, torcendo ou apenas assistindo.
A corrida é cheia de altos e baixo (e que altos) mas, na minha opinião, estas subidas e descidas fazem com que a prova não se torne cansativa (chata).
Este ano os organizadores preparam uma surpresa muito boa para todos, houve pequena mudança no percurso, e a prova acabou sendo um passeio turístico pela cidade de Itu, bem ao estilo de uma comemoração de 400 anos.
O trajeto passou por praças, casarões antigo, o semáforo gigante, bares charmosos de mesinha na calçada e até na frente do famoso Bar do Alemão (que segundo o nosso amigo Pelisson tinha uns caras vestidos de italianos na frente), e posso afirmar que teve lugar que deu até vontade de parar e ficar por ali tomando um Chopp.
Também merece ser destacado o grande número de postos de hidratação, sempre com água gelada e fresca e sem problemas de aglomeração. Isso sem contar um bom número de chuveirinhos espalhados pelo trajeto.
Outro ponto que me chamou a atenção, e mais uma vez mostrando a participação da população, que não encara a corrida como um transtorno mas como uma festa, foi o fato de vários moradores esperarem com mangueiras nas calçadas prontos para refrescarem os corredores naquele calor escaldante.
A chegada foi tranquila, a área entre a chegada e a entrega do chip era bem ampla o que evitava tumulto, haviam pontos de hidratação e área médica muito bem localizadas.
No fim recebi uma medalha linda, peguei minhas coisas e fui tomar banho nos vestiários, uma coisa quase impensável em outras corridas.
Terminei a noite feliz por estar limpa e cheirosa e ter participado de uma corrida tão linda.
Dani
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Distribuição dos kits dentro do Ginásio Prudente de Moraes
Fuguras excêntricas, mas necessárias em todas as provas
Atletas da equipe da alegria durante o aquecimento dos risos
Andréia Oliveira, Dani Graf e o Fumaça -coordenador Técnico da ALA.
Minutos antes da largada, concentração do atleta paraolímpico, Odair dos Santos.
Algumas fotos das largadas.
1ª Largada - Atletas do pelotão PCD
2ª Largada - pelotão Feminino
3ª Largada - atletas do Geral
Mais fotografias da corrida estarão na página da A.L.A. neste endereço: http://www.flickr.com/photos/alaeamigos/ ou na lateral do BLOG ALA&Amigos no Menu +Fotografias.
Mas...
A Dani, Lile e Andréia tomaram banho para sair na foto, então não poderia deixar de postar a foto delas esperando o término da premiação.
Já que estavam todos limpinhos, seria maldade não colocar a foto da equipe da A.L.A. que foi até Itu, também o nosso motorista que tem muita paciência, ou problema auditivo, pois aguentar estes atletas não é tarefa fácil.
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